Por Diego Oliveira
O tempo não se fazia presente naquela ocasião. Tudo era absoluto, pleno e concordante com a resplandecente alvorada que, realmente, parecia não cessar.
Havia grande exaltação, pois finalmente seria anunciada a criação de uma Era que ditaria a verdadeira significância de valores, jamais vistos até então. Houve a necessidade da total expansão dos cosmos e dos corpos de inúmeras dimensões em que habitam a infinidade de seres, onde absolutamente nada ficaria inerte e à margem dessa nova orientação.
Apesar da grande ansiedade dos presentes, tudo era calmo e pacífico, como a leve brisa errante das manhãs: trazia o aroma do orvalho, que caíra por sobre as campinas verdejantes daquela linda imensidão, onde se fundia com as inúmeras flores de cores vivas, exibindo a paz que ali imperava.
Era logicamente fácil compreender que, naquele momento, a felicidade era vislumbrada e apreciada por muitos pela primeira vez. Todos que estavam regozijando harmoniosamente aquele momento, sem calcular a duração de tão importante fato, sabiam o motivo de estarem reunidos. Todavia, não imaginavam qual seria a nova orientação do Criador. Um fito que deveriam seguir para toda a eternidade...
Notava-se, timidamente, a formação de pequenos grupos. Uns com três ou quatro, outros com trezentos ou mais, mas todos se uniam alegremente, sem ao menos trocarem uma só palavra. Apenas algumas afinidades lhes tocavam; o que faziam trocar alguns resguardados olhares em meio à multidão, espalhada por entre os campos que terminavam na linha onde iniciava o presente celeste azul do céu.
Mas nada era comparado com o sentimento de satisfação que se fazia presente, talvez por saberem que aquele momento demoraria muito para se repetir, ou se conseguiriam guardar as imagens deste evento na lembrança, ou até mesmo se haveria um momento similar a este. Todos experimentavam inúmeras sensações, as primeiras de suas existências. Todos silenciaram para ouvir aquelas palavras:
Todos que passavam por aquela provação do poder e da bondade do Criador, sentiam o emanar da paz, da fé e da esperança e do amor maior, para que seguissem seguros à realização da missão que lhes fora confiada. O que nada mais era que a realização do Bem-Maior, vindo diretamente de sua sábia e inesgotável fonte.
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